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Condução em Contexto Profissional

A tarefa da condução em contexto de trabalho resulta num aumento da exposição ao risco rodoviário, pelo que é necessário a existência de uma política de segurança rodoviária por parte da entidade patronal.


As pessoas que usam o automóvel como ferramenta de trabalho estão mais expostas ao risco rodoviário.

Quais são os riscos da condução no trabalho:

Quer a entidade empregadora forneça veículos automóveis de frota, ou conte com a disponibilidade dos funcionários em usarem o seu veículo pessoa, todos os empregados devem ser abrangidos por uma política / programa de segurança rodoviária.

Na Europa é estimado que um terço de todos os acidentes de tráfego envolve condutores em horário de trabalho.

Este problema é muitas vezes subestimado pelas entidades empregadoras, mas o mesmo deve ser compreendido de acordo com o nível de risco envolvido, e previsto de acordo com as políticas de segurança e saúde no trabalho.

Desta forma é vital que os empregadores tomem medidas para reduzir os riscos associados com a condução no trabalho.

 

Que grupos de condutores estão mais expostos ao risco rodoviário?

Os condutores que fazem da condução a sua função de trabalho estão mais expostos ao risco rodoviário, no entanto todos os funcionários que conduzam sem um contexto tão efetivo, ou mesmo apenas de casa – trabalho e trabalho – casa devem ser abrangidos por uma política / programa de segurança rodoviária.

Estas são as tipologias de utilização de veículos de frotas profissionais, com contextos e necessidades diferenciadas:

- Conduzir para o trabalho - viaturas de uso pessoal

- Conduzir em trabalho - viaturas utilizadas em contexto profissional de deslocação em trabalho, comerciais e serviços de assistência 

- Conduzir como trabalho - motoristas profissionais de transporte de pessoas e mercadorias

 

Obrigações legais na condução em contexto de trabalho:

É de todo importante que exista em todas as empresas uma preocupação pelo cumprimento do código da estrada e consequente legislação rodoviária, não apenas no sentido de evitamento da multa e consequentes sanções acessórias, mas acima de tudo com preocupações de segurança pessoal dos seus funcionários e dos outros utentes da via.

Existe assim, uma obrigação moral de proteção dos seus trabalhadores e público em geral, pois quando é atribuído uma viatura a um funcionário e funções que obriguem à condução num espaço de partilha, como são as estradas, deverá existir uma preocupação na forma como vai ser aplicada essa viatura, e esta preocupação deve extravasar apenas a componente legal para conduzir, mas também dedicar-se a capacidades operacionais, atitudinais, estratégicas e táticas.

 

Diminuindo o risco de condução no trabalho:

A correta escolha da frota automóvel é fundamental, tendo em conta o tipo de serviço implícito ao seu uso, tipologia de percursos, carga, número de quilómetros, manutenção, consumo, etc …

A seleção e recrutamento dos condutores é um processo igualmente importante, saber se são os elementos ideais para as funções exigidas, averiguar do licenciamento legal para a prática da condução, bem como aferir das capacidades psicomotoras para a prática da condução em contexto de trabalho, transportando a imagem e o nome da empresa. Providenciar formação adequada ao enquadramento dos mesmos na política / programa de segurança rodoviária.

Será que a condução é a única opção? Considere uma melhor sustentabilidade ambiental e disponibilizar soluções opcionais de deslocação, a pé, de bicicleta ou mesmo de transportes públicos.

Considere opções de teletrabalho, de acordo com as funções de cada colaborador. Será que as reuniões presenciais são sempre necessárias? As videoconferências podem ser uma alternativa.

O planeamento adequado dos percursos é fundamental, evite horários de maior fluxo de tráfego ou tempos de deslocação que obriguem a cumprir sempre os limites de velocidades legais. Conte com os imponderáveis e proporcione uma condução segura e tranquila.

Um correto planeamento dos percursos deve dar todas as indicações necessárias aos condutores, por forma a evitar futuros contatos durante a tarefa da condução e consequentes distrações.

 

Desenvolvendo uma política / programa de segurança rodoviária:

As organizações devem elaborar uma política / programa de segurança rodoviária para a condução no trabalho, que deve ser transversal a todos os colaboradores, quer tenham viatura de frota atribuída, ou usem o seu veículo pessoal para se deslocar.

Aspetos importantes a incluir uma política / programa de segurança rodoviária:

  • Existência de uma pessoal, ou equipa, responsável pela implementação desta política;
  • Manutenção adequada das viaturas utilizadas;
  • Cobertura adequada de seguro para as tarefas exigidas;
  • Certificação da continuidade da habilitação legal para conduzir;
  • Inspeção periódica em dia;
  • Relatar quaisquer defeitos e avarias detetadas ao gestor de frota;
  • Aferir das alterações de saúde dos condutores e uso de medicamentação que possa ter influência na condução;
  • Aferir hábitos de vida dos condutores que possam contribuir para uma diminuição das condições de segurança durante a condução.
  • Garantir a capacidade física dos condutores para a tarefa da condução.